Economia, emprego, sociabilidade e sustentabilidade. Estes são apenas alguns enfoques de práticas de gestão desenvolvidas na rede federal de ensino do país. Após uma seleção, 25 experiências exitosas foram selecionadas para serem compartilhadas nesta semana, em Florianópolis, durante a 43ª edição da Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec).

O compartilhamento desses 25 projetos ocorre para cerca de 400 gestores de todo o país que participam do evento. Tratam-se de experiências que foram pensadas, desenvolvidas e tiveram bons resultados em algum espaço da rede federal. Por isso, quando compartilhadas, podem ter chances de serem replicadas em outras unidades da rede, Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica e Colégio Pedro II.

Em tempos de recursos escassos, o Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) aproximou-se do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) e conseguiu captar mais de R$ 6,6 milhões em recursos financeiros, no ano passado e neste ano. “Apresentamos o trabalho do IF e alguns projetos e, com isso, conseguimos ampliar o número de pessoas atendidas em ações de extensão. Também conseguimos instalar usinas fotovoltaicas em todos os campi do IFMT, que vão gerar cerca de R$ 1 milhão de economia ao ano”, conta o pró-reitor de Extensão, Marcus Taques.

Com uma unidade em Machado (MG), o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSuldeMinas) apostou e tem obtido resultados exitosos com o projeto “Juventude em Foco”. A ideia tem sido auxiliar estudantes, entre 14 e 24 anos, e que estejam em situação de vulnerabilidade social. O trabalho tem surtido efeito nos índices de evasão escolar e também tem auxiliado a cidade de 41 mil habitantes a diminuir os altos níveis de violência.

Quando ingressa no projeto, o aluno continua um período do dia em sala de aula, mas outro período passa a trabalhar em uma empresa parceira, que custeia a formação e remuneração do jovem durante dois anos. “Estamos encaminhamos dois públicos para as empresas, nossos próprios alunos dos técnicos subsequentes e também jovens que estudam em outras escolas, mas participam da capacitação profissional conosco”, contam os autores do projeto, Alex Henrique Da Silva, Cleber Avila Barbosa, Maria Aparecida Avelino e Michelle Da Silva Marques.

A situação de cães abandonados tem sido um problema em boa parte do país e também em inúmeras unidades da rede federal. No Câmpus Pouso Alegre, do IFSuldeMinas, a partir do planejamento de uma série de ações, um grupo de servidores conseguiu transformar um local de abandono de animais em um espaço de bem-estar social. Até agora, 47 cães que foram abandonados próximos ao IF já foram adotados através do projeto “Adote um pet do IF”. A curiosidade é em como esta prática de gestão auxiliou muito mais do que os animais. “A gente começou a observar que os alunos e servidores que tinham problemas de convivência começaram a interagir com os cães. Então, o trabalho com os cães tem melhorado muito o bem-estar social do câmpus e das pessoas que convivem neste espaço”, relatam as servidoras.

Essas e todas as demais práticas exitosas da rede, selecionadas para a Reditec 2019, estão disponíveis para consulta no site oficial do evento.

Por Rafaela Menin | Jornalista