Sustentabilidade na Rede Federal é tema de painel na…
A rede de educação profissional e a sustentabilidade no rumo da Agenda 2030 foi tema do quarto e último painel da 43ª Reunião dos Dirigentes das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Reditec). O professor do Instituto Federal de Brasília (IFB) e assessor especial do Núcleo Estruturante da Política de Inovação (Nepi) da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), Marco Antônio Juliatto, apresentou o programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética na Rede Federal (EnergIF).
O EnergIF busca induzir a cultura do desenvolvimento de energias renováveis e eficiência energética na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT). Ele se estrutura em cinco eixos temáticos: engajamento e difusão; formação profissional; gestão de energia; infraestrutura; e pesquisa, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo. Entre as ações já tomadas, estão a capacitação de estudantes e professores e o apoio na colocação de paineis solares em unidades da Rede.
Juliatto destacou, com números, a importância da adoção de energias renováveis na RFEPCT. Segundo levantamento apresentado por ele, em 2018 as instituições da Rede gastaram R$ 167,9 milhões com contas de energia elétrica. Por meio das energias renováveis (como a solar ou eólica, por exemplo), as instituições podem gerar sua própria energia e economizar.
O professor do IFB falou, ainda, sobre o potencial das energias renováveis no Brasil. Ele informou que aproximadamente 75% da energia gerada na região Nordeste é eólica. Já um dado da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), organização intergovernamental que apoia países na transição para um futuro sustentável em energia, apontou que em 2018 o Brasil foi o segundo país que mais criou ofertas de emprego na área de fontes renováveis de energia.
Mesmo assim, mostrou Juliatto, o tema energias renováveis ainda tem pouco espaço na RFEPCT. Em 2018, foram apenas 1.099 matrículas – de um total de quase 1 milhão na Rede – em cursos ligados à área. “Temos uma oferta de vagas muito pequena”, ressaltou. Por outro lado, o potencial da Rede é grande, destaca o professor, pelo seu tamanho (661 câmpus) e capilaridade, pois está presente em todos os estados do País, tanto em capitais como no interior.
Para saber mais sobre o EnergIF, visite o site do programa.
Embrapii
Também painelista, o diretor-geral do polo da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Rubipiara Cavalcante Fernandes, apresentou a Embrapii e as possibilidades de parceria da empresa com as instituições da Rede. A Embrapii apoia financeiramente projetos que são desenvolvidos em conjunto com empresas e instituições credenciadas. Atualmente, ela possui nove polos na RFEPCT e deve abrir em breve chamada pública para implantar mais cinco.
A Embrapii atua em cinco áreas: biotecnologia; materiais e química; mecânica e manufatura; tecnologias aplicadas; e tecnologia da informação e comunicação. No modelo de negócios que ela pratica, um terço do projeto é financiado pela própria Embrapii e o restante é de responsabilidade das empresas e das unidades (polos) credenciadas. Até o fim de agosto, ela já havia financiado 777 projetos em todo o país, dos quais 115 na RFEPCT, que renderam 22 pedidos de patentes.
Os projetos desenvolvidos com apoio da Embrapii envolvem desde startups até grandes empresas, como Embraer e Petrobras, em parceria com instituições de ensino. “Todo projeto Embrapii tem que envolver alunos e professores da unidade credenciada. Cada polo tem uma área-foco: o objetivo não é trabalhar com todas as áreas de competência da instituição”, explica Rubipiara. Nos projetos dos quais participam os polos da RFEPCT, 60% dos parceiros são startups e microempresas, 25% empresas grandes e 15% empresas médias.
Conheça mais sobre a Embrapii no site da empresa.