Tecnologias para a inovação na EPT frente ao mundo…
A inserção cada vez maior da tecnologia em nosso cotidiano e o futuro do trabalho frente a essa nova revolução – Revolução digital – foi tema central do painel temático deste terceiro dia (11 de setembro) de Reditec (Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O doutor na área de comunicação, Eduardo Zilles Borba, debateu o assunto com reitores, pró-reitores, diretores de câmpus presentes no encontro.
Ele ressalta que os tempos mudaram, principalmente pela evolução tecnológica e a consequente influência nas novas gerações. Para Zilles, em tempos de crescimento tecnológico exponencial e de constantes alterações econômicas e socioculturais, o caminho para a formação de um profissional competente está na sua capacidade de assimilar informações e agir. O que está claro nesse novo perfil de profissional, segundo ele, é que é uma questão sociotécnica, não formando apenas profissionais especializados, mas indivíduos sociais, pessoas prontas para essa era digital.
Eduardo afirma que a grande função do professor passa a ser de curador desse conhecimento, passando por uma horizontalidade do ensino, apesar de não ser uma prática fácil de seguir. A partir daí, a curricularização da extensão passa a ser uma alternativa para esse novo panorama educacional, que ao mesmo tempo otimiza o processo industrial.
Mais do que executar uma tarefa, prática inserida pela Revolução Industrial, ele aposta no conhecimento multidisciplinar para resolver os diversos problemas que surgem na era digital, o que garantirá ao profissional flexibilidade para circular em diversas zonas de atuação e encarar as exigências dos atuais e futuros mercados.
Zilles compactua da ideia de que alguns empregos serão extintos: “mas outros tantos serão criados e talvez mais especializados”. Ele argumenta que é preciso atuar em multiplataformas tecnológicas, dentre elas realidade virtual e aumentada, inteligência artificial, internet das coisas, dentre outras tendências. Tais profissões provavelmente serão relacionadas às máquinas, desde a manutenção, desenvolvimento, criação de relações entre humano e máquina.
Eduardo ressalta ainda a economia compartilhada para a qual o mundo se dirige atualmente, que se define não mais pela posse, mas sim pela utilidade, como é o caso das bicicletas e patinetes de uso comum nos grandes centros urbanos.
O doutor em Ciência da Informação lembra que as tecnologias estão muito mais em nosso dia a dia que somos capazes de perceber. “A simbiose homem-máquina nos torna em cyborgs postiços, como um humano aumentado. Alguns de nós já são híbridos, fusão homem-máquina, já usamos marcapasso, próteses. Já passamos pela Revolução Industrial e agora estamos vivendo a revolução digital. É só uma questão de tempo”, conclui.
Para mais informações com Eduardo sobre esse tema, você encontra na terceira edição do IFSC em Revista e também em matéria da IFSC TV.
Por Graziela Braga | Jornalista