A experiência do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) no processo de curricularização da Extensão nos cursos de graduação reuniu os participantes da Reditec em oficina sobre o tema, na tarde desta quarta-feira (11), no auditório da Reitoria.

Coordenada pelo pró-reitor de Extensão e Relações Externas da instituição, André Dala Possa, e pelo diretor de Extensão, Tomé de Pádua, a oficina proporcionou uma reflexão sobre os desafios que os institutos federais ainda precisam superar para efetivar a implementação, nos currículos dos cursos superiores, de 10% da carga horária dedicados à Extensão.

“A curricularização não deve ser pensada apenas do ponto de vista da Extensão, mas de forma articulada com o Ensino e a Pesquisa”, indica André. No caso do IFSC, relata, o processo vem sendo implementado com a estratégia da Reitoria Itinerante, que são reuniões periódicas realizadas em todos os câmpus, nas quais ocorre o contato direto com os núcleos docentes estruturantes (NDEs).

André ressalta que é preciso repensar alguns entendimentos em torno da Extensão, como o de que o extensionista é necessariamente “vocacionado” para a área. “Ser extensionista pressupõe técnica e competências.”

Nos relatórios de projetos de Extensão do IFSC, respondidos pelos estudantes, os perfis dos alunos extensionistas identificam que a experiência com a área os faz perceberem-se mais observadores, questionadores, disciplinados, gestores do tempo, humildes, articulados, persistentes, empáticos com o social, hábeis no uso de mídias e informação (a chamada “literacia”) e autoconfiantes. Esses aspectos mostram o papel na Extensão na formação integral dos sujeitos.

A oferta de no mínimo 10% dos créditos curriculares dos cursos de graduação em programas e projetos de extensão é prevista na estratégia 12.7 do Plano Nacional de Educação e integra a meta global 12, que prevê a elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior no ensino superior público para 50%. No IFSC, a chamada curricularização da Extensão é regulamentada pela Resolução nº 61/2016 do Conselho Superior (Consup).

Por Ana Paula Lückman | Jornalista do IFSC